terça-feira, 11 de setembro de 2007



As missões jesuíticas, que ocorreram no Brasil, podem ser encaradas como o mais estratégico e eficiente processo de catequese e educação, pois se utilizava da articulação da governabilidade social, sem o uso impositivo da arma e da violência, já que os castigos eram “consentidos”, o que representa o forte poder ideológico da hierarquia. Podemos perceber grande semelhança entre o processo de educação jesuítico e o método representado no filme Evil-Raízes do Mal, baseado no romance best-seller de Jan Guillou, que conta a história de Erik, um adolescente problemático de 16 anos, cuja vida foi marcada pela violência. Atormentado por um padrasto abusivo, Erik responde ao mundo da única forma que aprendeu, com violência. Após ser expulso da escola pública, ele é enviado para Stjärnberg, um prestigiado colégio privado. É nesse colégio que nota-se a semelhança com o processo de catequese utilizado pelos jesuítas. Tal semelhança é percebida pelos violentos métodos de repressão e pela organização hierárquica da instituição. E, o que para mim foi a maior surpresa foi perceber que em realidades tão diferentes e, em tempos tão distantes ainda se utilizam de estratégias que primam pela violência na tentativa de impor suas ideologias.
Rafael Coutinho
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2 comentários:

Raquel disse...

Pois é... adorei as imagens... Quão forte é a imposição... depois da primeira surra ninguém esquece a lição. Você (eu) (nós) esquecemos?
Xêro!

Ensinando Artes Visuais disse...

boa a conexão que fez, Rafael. Continue com seu olhar atento e crítico