segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Diário das aulas de Erinaldo Alves

Aulas do professor Erinaldo Alves do Nascimento


Tudo começou com as idéias que persistem no presente... os Jesuítas, ao chegarem no Brasil,... Erinaldo, professor de paciência e criatividade infinita, elaborou com seu olhar inovador, aulas as quais simplesmente não há distâncias entre alunos e professor (ou seja, orientador), nos faz acreditar, confiar e nos entregar cada vez mais aos assuntos em pauta, e aos momentos de sua elaboração e apresentação, tanto nossa quanto dos colegas... Não sei quanto aos outros alunos, mas quanto a mim, surpreendi-me com tal experiência a ponto de pela primeira vez conseguir mesmo que de forma imprecisa, apresentar-me diante de uma turma, ajudando-me até mesmo em outras disciplinas.
Cada um de nós tem um ritmo uma forma diferente de se apresentar, somos seres singulares. Acredito que cada aluno tenha apresentado seu trabalho da melhor forma possível, com prazer e determinação.

Apresentação de alguns alunos com seus tópicos:

Raquel – Folha entregue com: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. “(...) Aqui tudo parece construção e já é ruína. Tudo é menino e menina no olho da rua. Nada continua. E o cano da pistola qua as crianças mordem refletem todas as cores da paisagem da cidade que é muito mais bonita e muito mais intensa que no cartão postal.(...)” e explanação como sempre muito boa...
Polyanna – Anita Malfatti e sua forma de ensinar.

"Cristo nas ondas" de Anita Malfatti
Waleska - ...como tudo começou: primeiro os Jesuitas, depois as mudanças com o séc. XIX, o surgimento de novos artistas como Anita..., quando chegou a vez de uma inovação...
Giselda – Explanou sobre a “Escolinha de Arte do Recife”

Artigo recente do Boletim Diário – Prefeitura do Recife
15:50 -
Escolinha de Arte do Recife homenageia Noemia Varela



Exposição acontece no Murilo La GrecaFoto: Arquivo
A Prefeitura do Recife inaugura, neste sábado (17), no Museu Murillo La Greca, a exposição Noemia Varela: uma vida, fazeres e pensares. A abertura acontece, às 17h, com a presença da homenageada. Organizada em dois módulos que se complementam, História de Vida e Desenhos que Contam História, a mostra tem o intuito de celebrar os 90 anos de Noemia Varela, criadora da Escolinha de Arte do Recife e pioneira em educação inclusiva. No primeiro módulo, o público conhecerá um pouco da história devida de Noemia. Diretora técnica da Escolinha de Arte do Brasil por mais de 20 anos, participou da formação de toda uma geração de arte-educadores no Brasil e muitos na América Latina através dos Cursos Intensivos de Arte Educação da EAB. No segundo módulo, um fragmento do valioso acervo de mais de seis mil desenhos infantis formado pela Escolinha de Arte do Recife ao longo de seus 54 anos de existência. Criada em 1953 por artistas importantes de Pernambuco, a Escolinha teve também entre seus fundadores Augusto Rodrigues, Aloísio Magalhães e Anita Paes Barreto. A exposição possui também uma ação educativa que mobiliza o público a dialogar com as produções expostas, produções essas que oferecem um material de pesquisa muito vasto para artistas e educadores, ao revelar um pouco das histórias de dois dos maiores patrimônios da arte-educação brasileira: Noemia e a Escolinha.ServiçoExposição Noemia Varela: uma vida, fazeres e pensaresLocal: Museu Murillo La Greca, R. Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366 – Parnamirim. Abertura: 17 de março de 2007, às 17h.Visitação: de 18 de março a 15 de abril de 2007.Informações e agendamentos: (81) 3232.4255 / 3232.4276.

Rafael – Arte Industrial...
Julieta – Lowenfeld, com propostas para educação.

·
· Criança e Sua Arte, A
· VIKTOR LOWENFELD
· Este livro foi escrito exclusivamente para os pais, mas será útil para qualquer pessoa que esteja em contato direto com as crianças e deseje incentivar seu desenvolvimento intelectual por meio da expressão criadora. Analisa o papel dos pais na promoção da criatividade das crianças no lar. Explica como os pais podem ajudar os filhos para que estes consigam superar suas dificuldades. Fornece informações os pais a respeito das conexões existentes entre a arte da criança e o desenvolvimento de sua personalidade. Trata dos objetos adequados, do espaço e das facilidades que devemos oferecer para a arte dos nossos filhos. A matéria básica do livro é construída, realmente, pelas respostas dadas às perguntas dos pais, colecionadas num período de seis anos em que fiz conferencias, da costa do Atlântico à do Pacifico, nos Estados Unidos. Estas respostas, apresentadas em seqüência lógica, estão baseadas nas últimas pesquisas utilizáveis, nas experiências do ensino e num grande número de observações. As respostas referem-se às crianças de nível médio, sendo que não fiz nenhuma tentativa para utilizar a arte como terapia para casos anormais ou como substituta para qualquer orientação clínica. Seria completamente contrário aos meus sentimentos e desejos utilizar o ambiente doméstico para estas últimas atitudes. (do prefácio, pelo autor)

Suzana – Muito bem com a representação da infância nas décadas de 60 e 70 (ditadura, militarismo, e a arte?...)
Maria José – Lei nº 5692/71 – LDB art. 7º...
Séphora – Novas Leis (LDB); 1971 (arte atividade educativa e não disciplina). “A Arte é mutável e fundamental” muito boa a performance.

Principais características da nova Lei - Wikipédia
Prevê um núcleo comum para o currículo de 1º e 2º grau e uma parte diversificada em função das peculiaridades locais (art. 4)
Inclusão da educação moral e cívica, educação física, educação artística e programas de saúde como matérias obrigatórias do currículo, além do ensino religioso facultativo (art. 7)
Ano letivo de 180 dias (art. 11)
Ensino de 1º grau obrigatório dos 7 aos 14 anos (art. 20)
Educação a distância como possível modalidade do ensino supletivo (art. 25)
Formação preferencial do professor para o ensino de 1º grau, da 1ª à 4ª séries, em habilitação específica no 2º grau (art. 30 e 77)
Formação preferencial do professor para o ensino de 1º e 2º grau em curso de nível superior ao nível de graduação (art. 30 e 77)
Formação preferencial dos especialistas da educação em curso superior de graduação ou pós-graduação (art. 33)
Dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas (art. 43 e 79)
Os municípios devem gastar 20% de seu orçamento com educação, não prevê dotação orçamentária para a União ou os estados (art. 59)
Progressiva substituição do ensino de 2º grau gratuito por sistema de bolsas com restituição (art. 63)
Permite o ensino experimental (art. 64)
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Jussara – Artigo: “Apontamentos sobre a cultura visual”. Frase: “Ambos olham para a mesma paisagem, entretanto, cada um aprende aquilo que é significativo em sua experiência”


RESUMO (do texto de Erinaldo Alves - Selma e Danielle respectivamente)

Trabalhos manuais ou artes aplicadas

No ensino dos trabalhos manuais, o desenho era apenas fase do projeto e parte da decoração do objeto produzido. Tal procedimento fora legitimado pelo 6º congresso organizado pela FEA (Federação Internacional para Educação Artística) realizado em praga em 1928. Após algumas publicações, na época foi possível afirmar que o sujeito seria considerado bom se articulasse o desenho com o trabalho manual ou artes aplicadas.
Seguindo a tradição Jesuítica, o Estado Novo, que vigorou entre 1937 e 1945, por intermédio das chamadas Leis Orgânicas, continuou a oferecer um percurso educacional para crianças e jovens de classe abastada e outro para as classes populares. Após esta lei foi prescrito o ensino dos trabalhos manuais para meninos e economia domestica para meninas.
A repressão da educação juntamente para homens e mulheres, associada a importância conferida aos trabalhos manuais, foi uma estratégia para criar instituições exclusivamente feminina.
Um exemplo foi a instituição criada pela liga de ensino na cidade de Natal (RN) em 23.07.1911. E para concretizar essa meta a associação fundou a Escola Doméstica de Natal, considerado por educadores renomados como Anísio Teixeira, uma das mais valiosas inovações do campo educacional do país na época.
Sua orientação era centrada nas manualidades e não era exclusiva da educação Brasileira, mas também da educação internacional com exigências discursivas e políticas da época.
Hernandez nos informou que a UNESCO, em 1950, elaborou documento sobre a importância dos trabalhos manuais que se centravam na realização de objetos bonitos, populares, baratos e de duvidoso gosto em sua maioria.
Conforme Efland, foram as suposições formuladas por John D. Runkle, parece ter tentado promover uma reação a essa tradição Jesuítica ao conferir os trabalhos manuais o mesmo papel delegado a arte e ao ensino do desenho, ou seja, o de contribuir para a formação do gosto estético e artístico da população brasileira, e não, somente tida como coisas para pobre.
Um número significativo de publicações formulou entre as décadas de 1930 a 1960, propostas que versaram exclusivamente, sobre trabalhos manuais. Conseguimos ter acesso a 12ª edição do Compendio de trabalhos manuais(1958) de Maria de Lourdes Lemgruber, especialista do Instituto de Educação do Distrito Federal (RJ) e a publicação oficial do Ministério da Educação e Saúde, intitulada A sala de trabalhos manuais e seu trabalho didático (1961).
A introdução do livro de Lemgruber esclarece que o trabalho manual compreendia o ensino da reciclagem, modelagem, madeira, metal, couro, entre outros materiais, e que, nos cursos normais essa disciplina se chamava artes aplicadas. Lemgruber é enfática ao afirmar que “a educação moderna, educação para a vida”, não poderia “dispensar a pratica do trabalho manual”.
Verificou-se, depois, que as mãos nunca poderiam viver separadas do cérebro e que o trabalho manual concorria para o desenvolvimento mental, ou seja, o operário sem cultura não poderia produzir “melhor’. Alimentava-se a certeza de que a introdução dos trabalhos manuais nas escolas dava à educação a integridade que lhe faltava, pois essa disciplina deveria exercitar e desenvolver todas as forças psico-físicas do individuo, harmonizando-o com o meio em que vivia.
Lemgruber reconhecia, ainda que o ensino do trabalho manual era encarado sob dois aspectos discursivos: como disciplina autônoma e como método pedagógico.
A arte popular e a decoração nacionalista dos trabalhos manuais foram elaboradas com a finalidade de oferecer depois da guerra, uma alternativa diante da dicotomia entre vida profissional e lazer. Espinheira era enfático ao afirmar que não era possível criar uma arte para o povo, mas promover transformações na arte produzida pelo povo.
Espinheira preconizava, também, a organização de museus artísticos que deveriam reconstituir as habitações populares, os objetos, os costumes, os acessórios da casa. Do trabalho, os passatempos do lugar e da vida regional do povo.

A partir do exposto, sobre trabalhos manuais ou artes aplicadas, o ensino pautava-se na intenção de desenvolver integralmente o sujeito, articulando mão e cérebro. O trabalho manual como disciplina autônoma e como método pedagógico, favorecia a escolha vocacional e servia de suporte para implementação de uma decoração nacionalista.



Como parte diversificada do Ensino Fundamental da ED, a Educação Doméstica, destina-se à formação de jovens, através de uma abordagem teórica – prática e multidisciplinar, voltada para uma reflexão dos problemas cotidianos dos indivíduos, das famílias e de outros grupos sociais. Reúne conhecimentos vinculados às áreas:
· Administração e Ordem Doméstica
· Ambientação
· Ética e Convívio Social
· Etiqueta Social e Profissional
· Educação Alimentar
· Técnicas Culinárias
· Enfermagem (Primeiros Socorros)
· Fundamentos de Puericultura (cuidados com o recém-nascido)
Objetivando uma formação comprometida com a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, em seu ambiente físico e sócio-cultural, complementa a preparação das alunas para o desempenho do papel de cidadãs que contribuem para o aperfeiçoamento do bem-estar familiar e social.
A Escola Doméstica de Natal aplica este método até os dias de hoje.

Postado por Danielle Travassos

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