segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A Escolinha de Artes da minha Infância

Detesto a escola repressiva... eu tinha também a minha vida fora da escola, e muito plena. A vida onde havia o devaneio, a exploração do rio, a natureza, os jogos onde a fantasia estava muito presente. ( Augusto Rodrigues)

Eu não.
Na escolinha de Artes do Recife é que me surpreendeu a liberdade. As tintas com que passei a pintar meu destino passaram a nascer de uma cartela de cores particular, pessoal, secreta.
A repressão da avó evangélica começou a sumir como lápis carvão, junto com uma timidez ancestral de filha única, educada, comportada e muito, muito delicada.
As descobertas brotavam de armários abertos num casarão antigo, nos adultos que quase não se faziam enxergar. Mas estavam lá. Hoje eu um deles (adulta?) quase que tinha esquecido.
Mas, pois é, estudei lá.

Raquel Stanick

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